Maciel Melo, o negrinho de seu Heleno Louro e dona Maria
de Lourdes, o pajeuzeiro de Iguaracy que tanto orgulha não apenas o seu berço
natal, mas todo o Pajeú, todo Pernambuco, todo o Nordeste e grande parte do
Brasil e do mundo, onde habitam aqueles que consomem musicalmente o que mais há
de qualidade na poesia propriamente dita.
A poesia de Maciel é um tempero
especial no cardápio musical e que por muito tempo serviu de ingrediente na
panela de muitos artistas renomados da nossa música como: Elba, Fagner, Flávio
José, Alcimar e tantos outros.
Até que
um dia o negrinho de seu Heleno, resolveu temperar o próprio prato e assim o
fez. Começou gravar as próprias composições e com seu talento incomum
ultrapassou fronteiras, quebrou barreiras e tabus e tornou-se conhecido
internacionalmente também como intérprete.
Tendo contado sempre em suas andanças
com a sombra eterna do seu mais íntimo parceiro, o violão. Inspirado em mestres
como Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro, segue Maciel estrada a fora deixando
sempre para traz nuvens de poeira que se encarregam de preservarem seus rastros
de cantador e andarilho.
Seu
sotaque de homem da roça e de família pobre, que encontrou no talento e na
perseverança a maneira mais fácil de driblar as dificuldades e vencer o
“desafio das léguas” como ele próprio diz em um trecho de uma das suas poesias.
O livro
lançado recentemente vem mostrar a outra face do caboclo sonhador que vê a cada
dia que se passa, seu sonho tornar-se realidade. Pelos relevantes serviços
prestados à boa música, Maciel tem sido homenageado constantemente e
merecidamente por canais de televisão e emissoras de rádio que sabem da
importância do artista para com os veículos de comunicação.
Fico
feliz em fazer parte do rol de amigos deste grande artista que ainda deixará
muitos véus de poeira para traz, palmilhará muitas léguas de estrada e
inspirará muitos artistas jovens que veem na sua canção o adubo essencial para
o fortalecimento de muitas hortas musicais, que continuarão dando frutos
saudáveis e recomendados no cardápio do dia a dia das pessoas.
Viva a
poesia, viva a boa música, viva Maciel Melo.
Maciel Melo é assim,
Produz poesia pura,
Seu verso tem a doçura,
Da calda do alfenim,
Cheiro de terra molhada,
A casca da manga espada,
Picada por bem-te-vi,
Esse é nosso cantador,
O caboclo sonhador,
Orgulho de Iguaracy.
Diomedes Mariano (Dió) é escritor
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