Queremos agradecer aos amigos, seguidores, visitantes e colaboradores e a todos que de alguma forma prestigiaram este blog durante o ano de 2012.
Desejamos um Feliz Natal e um 2013 repleto de realizações, com muita saúde e muita paz.
Um grande abraço do Blog da Terrinha.
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domingo, 23 de dezembro de 2012
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
"Eu, minhas crônicas, contos e ensaios literários"
João Erismá de Moura é formado em Direito e Licenciado em Pedagogia. Funcionário aposentado do Tribunal de Contas da União(TCU), é natural de Francisco Santos-Pi e reside em Brasilia-DF desde a sua fundação, é portanto um candango como ele mesmo já se autodenominou em outras ocasiões. Ocupante da cadeira nº 13, é membro da Academia de Letras da Região de Picos(ALERP) e também ocupa a cadeira nº 40 da Academia Açailandense de Letras.
Autor dos livros "Um Anjo Retorna Ao Céu", memória póstuma da sua filha Caroline Moura, que faleceu num trágico acidente; "Seu Clides: O legado de um pioneiro que ajudou a construir Brasília", um livro também de teor biográfico que trata da vida e dos feitos de Euclides Borges de Moura, seu pai; É também autor do livro "Essas Mulheres Maravilhosas".
João Erismá de Moura, um graduado servidor do Tribunal de Contas da União(TCU) que ao aposentar dedicou-se com muito afinco às letras e tem se revelado um raro talento. Com as suas obras, na sua maioria de teor biográfico tem contribuído enormemente para a preservação da nossa história.
Lançou no último dia 10 de Dezembro o seu mais novo livro: "Eu, minhas crônicas, contos e ensaios literários".
João Erismá de Moura autografando o livro no seu lançamento em Brasilia, no último dia 10.
O próprio autor fez uma sinopse da sua mais nova obra literária, que vai abaixo para apreciação dos nossos leitores.
# # # # # # # # # #
Este livro é em suma uma coletânea de crônicas, contos e ensaios literários compartilhados com resenhas de escritores, amigos e familiares que comentam cada artigo.
A vontade de publicar esta obra veio da necessidade de registrar vinte e cinco trabalhos escritos ao longo de alguns anos, como obras paralelas a outras já publicadas.
São contos, crônicas e ensaios. Estes textos são aqui agrupados por assunto. Alguns já foram publicados de maneira dispersa e isoladamente em outros livros, em blogs, sites e jornais, o que deixava os leitores ou interessados desprovidos de uma leitura mais completa em um único volume.
O trabalho foi agrupado em 06 (seis) grandes capítulos, cada um deles separado por assunto onde o autor distribui 25 (vinte e cinco) artigos, assim ordenados: considerações sobre suas origens e seu cotidiano (I), cidades homenageadas (II), a música em sua vida (III), contos (IV), homenagens póstumas (V) e celebrações de eventos em algumas cidades (VI). A diversificação da produção literária é muito grande.
Não ficaram de fora dos textos alguns vultos ilustres e parte da vida do autor; a preocupação com o meio ambiente e a sustentabilidade; modos e costumes de algumas cidades; o mundo musical do escritor; conto imaginário e estudo sobre tema empolgante de todo ser humano; as homenagens póstumas dedicadas a entes queridos, com temas para reflexão sobre o sentido da vida, nosso trajeto terreno e a saudade deixada com o sentimento de perda dos amigos e familiares; e, por último, a homenagem e a celebração de eventos significativos em algumas cidades onde residiu ou trabalhou o autor.
A grande novidade da obra é a coletânea de comentários de amigos e especialistas dos textos que, com suas resenhas enriqueceram o livro. É, portanto, um livro totalmente compartilhado.
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segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
Final Melancólico
Terminou mais um período
legislativo e com isto encerra-se o mandato de muitos vereadores, isto não é
motivo de queixa, pois a atual legislatura não vai deixar saudades. Além de
mudar nomes de ruas sem o devido conhecimento dos moradores, votar títulos de
cidadania para elementos que pouco ou nenhum serviço prestaram a nossa
comunidade e que em nada nos honram com as suas presenças entre nós filhos de
Francisco Santos.
O resumo da ópera é que os atuais edis fizeram muito pouco, quase nada.
O mandato dos vereadores da atual legislatura termina de forma
melancólica, com uma votação no mínimo esdrúxula. E não é que a única matéria
apreciada na última sessão ordinária do legislativo foi um requerimento para
a retirada de um depósito temporário de lixo que fica no mercado público
municipal, mais precisamente na Rua Roldão Rodrigues! Não sabemos quem foi o
autor desta maravilha, mas deveria ganhar um premio pela falta de
originalidade.
Fala sério!!!
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Conselho Tutelar
Foi realizada no ultimo dia 25 de
Novembro a eleição para os membros do conselho tutelar de Francisco Santos.
Foram eleitos: Noé, Meirinha, Jussineide, Socorro e Raiane.
O blog
parabeniza os eleitos neste processo democrático e deseja que realizem um bom
trabalho, pois a comunidade necessita cada vez mais de pessoas dispostas a
colaborar com a coletividade.
Esperamos sinceramente que sejam respeitados os
resultados, pois convenhamos, a democracia não tem sido um conceito bem aceito,
muito menos respeitado por estas paragens.
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Educação no Trânsito
É muito comum as ruas de
Francisco Santos ficarem atravancadas com uma infinidade de motos e veículos de
quatro rodas "estacionados" no meio da rua, carros pesados
descarregando mercadorias em pleno dia. A praça do mercado que é onde reúnem
todos os dias os moradores para aquele bate papo informal, fica impossibilitada
a passagem de qualquer veículo.
Ainda
hoje presenciamos uma cena inédita, mas que seria bem saudável, se colocada em
prática diariamente: Um policial fardado em sua viatura, na impossibilidade de
transitar, teve que descer do carro e pedir para que alguns proprietários de
motos retirassem os seus veículos da via principal e estacionassem corretamente.
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“Segundo Turno”
Esta é a maneira como uma parte
do eleitorado de boa fé trata uma possível eleição suplementar em Francisco
Santos. Levando-se em consideração a possibilidade da impugnação e a
conseqüente anulação da eleição da chapa vitoriosa de Édson Carvalho
e Luís José, eleitos prefeito e vice-prefeito nas eleições de sete de Outubro
passado.
As possibilidades existem, pois aproximadamente 50 prefeitos foram
cassados durante o quatriênio 2009/2013, em muitos deles foram processos longos
que chegaram ao último ou penúltimo ano do mandato.
Daí a se contar como um fato consumado, como muitos
pretensos líderes propagam aos quatro ventos, há seguramente uma grande
distancia.
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Uma no cravo, outra na ferradura
As eleições se passaram, mas os
reflexos continuam. Não bastasse a derrota na eleição majoritária e um certo
mal-estar com alguns candidatos a vereadores, devido ao apoio ostensivo dado há
determinados candidatos na chapa proporcional.
A pouco menos de um mês das eleições, a renovação do diretório municipal
do PMDB foi outro motivo de dor de cabeça para Carleusa Santos.
O grupo histórico formado pelos herdeiros políticos
de Elizeu Pereira que comandaram o PMDB de Francisco
Santos desde a sua fundação, voltaram a ter o domínio total na Comissão
Executiva, como também passaram a contar com a maioria absoluta dos membros do
Diretório Municipal.
Um processo mais ou menos semelhante ao patrocinado pelo prefeito eleito
de Picos, Deputado Estadual Kléber Eulálio. Na renovação do diretório
municipal de Picos, ocorrida no final do mês de Outubro o prefeito eleito
praticamente varreu do diretório todos os membros ligados ao atual prefeito Gil
Paraibano e ao Deputado Estadual Warton Santos.
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Código de Posturas
Uma das propostas do blog é
discutir os problemas da comunidade. Como está se encerrando um ciclo no Poder
Legislativo de Francisco Santos, seria interessante que os novos vereadores
trouxessem propostas para melhorar a cidade. O transito e a construção civil
são dois problema emblemáticos que necessitam de medidas urgentes.
A organização da construção civil em Francisco Santos é um caso que
precisa ser analisado com seriedade. Há casos de construções que duram
meses, anos até. E nós moradores, ficamos proibidos de transitar por estas ruas
onde há estas construções. Como Francisco Santos é uma cidade de economia
pujante, praticamente em todas as ruas da cidade há novas edificações.
Há também ruas que estreitas eram e ficaram mais ainda, pois os moradores
estenderam as calçadas, deixando as estreitas ruas praticamente intrafegáveis.
Em uma postagem anterior já comentamos sobre os casos de invasões das
calçadas com construções.
Que a nova bancada que toma posse em Janeiro de 2013, crie uma comissão
e tente viabilizar um código de posturas, onde os cidadãos respeitem os limites
entre o público e o privado.
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domingo, 25 de novembro de 2012
Missão Cumprida
Por Dora Kramer - O Estado de S.Paulo
O
desrespeito do cidadão Luiz Inácio da Silva pelo Congresso ficou conhecido
quando qualificou a Casa como reduto de "300 picaretas". Faz quase 20
anos.
Sua
indiferença pelo Legislativo já ficara patente na atuação displicente e
inexpressiva passagem como deputado constituinte.
Quando
Lula ganhou a eleição para presidente, logo ficou claro que além do desdém
havia o intento de investir na desqualificação do Parlamento. Fazê-lo servil,
enquadrá-lo de vez ao molde da presumida vigarice.
Não é
conjectura, é fato: foi a partir de 2003 que o chamado baixo clero passou a
assumir posição de destaque, a dominar os postos importantes, a assumir
posições estratégicas.
Era
uma massa até então quase incógnita, em sua maioria bastante maleável às
investidas do Executivo e disposta a fazer do mandato um negócio lucrativo.
Note-se
que na época o encarregado de fazer a "ponte" entre o Parlamento e o
Planalto era ninguém menos que Waldomiro Diniz, o braço direito de José Dirceu
na Casa Civil, cujos métodos ficariam conhecidos quando apareceu um vídeo onde
extorquia o bicheiro Carlos Cachoeira.
A
maneira como seria tratado o Congresso era perceptível no tom das lideranças
petistas recentemente investidas no poder, quando a conversa era a formação da
base governista.
Não
se falava em compra financeira de
apoio tal como se viu depois quando Roberto Jefferson rompeu a lei da Omertà e
denunciou o mensalão, mas se dizia abertamente que a cooptação seria fácil
agora que estavam na posse do aparelho de Estado.
Uma
das consequências dessa inflexão ladeira abaixo foi o isolamento gradativo e
por vezes voluntário, de deputados e senadores de boa biografia, com nome a
zelar e atuação legislativa relevante.
Ao
longo dos dois mandatos de Lula o Parlamento "caiu" na mesma
proporção em que a figura do presidente se sobressaiu, em franca evidência de
desequilíbrio entre Poderes.
Com o patrocínio da CPI que se encerra em
grau inédito de desmoralização, cujo sentido vexativo não será eliminado com um
remendo no relatório final, o ex-presidente conseguiu completar sua obra e
cumprir o vaticínio sobre os "300 picaretas".
Não
que não existam. Existem e pela degeneração do desempenho é possível que seja
esse o número aproximado. Mas o Congresso não é só isso e disso dá notícia
outra época em que ali a regra era a atividade política. As transações
condenáveis se não chegavam a ser exceção, ao menos ficavam relegadas a um
segundo plano.
Embora quem não acompanhe de perto o Parlamento seja
cético quanto a isso, as coisas por lá já foram muito diferentes. E se foram
melhores podem voltar a ser.
Cabe
ao Poder Legislativo compreender a gravidade da derrocada nesse poço que parece
não ter fundo, reunir as parcas forças ali ainda existentes e de alguma maneira
reagir para o bem da saúde democrática.
Supremacia. Consistente, firme, autônomo,
convicto de seus valores. Assim pareceu o novo presidente do Supremo Tribunal
Federal, Joaquim Barbosa, em seu discurso sem enfeites.
Defendeu uma Justiça que não tarde, não falhe e
preserve a independência do juiz. Assim como ele.
Celebrá-lo pelo quesito cor da pele é
olhar só a parte de fora de uma obra sólida.
Desfeita. Se com o semblante fechado a
presidente Dilma Rousseff quis demonstrar contrariedade em relação ao ministro
Joaquim Barbosa, conseguiu destacar-se pela deselegância em momento de
homenagem.
Queira
o bom senso que a presidente não tenha escolhido a fisionomia zangada pelo
mesmo critério que o deputado Odair Cunha escolheu os indiciados no relatório
da CPI: para dar uma satisfação a Lula.
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sexta-feira, 16 de novembro de 2012
Mensagem de Carleusa Santos.
Meu querido povo de Francisco Santos.
Quero me dirigir, antes de tudo, aos quase 3.000(três mil) eleitores franciscossantenses que votaram em mim e agradecer, do fundo da
minha alma, o gesto de confiança que tiveram ao ir às urnas de forma consciente
e carinhosa desejando o meu retorno ao comando do município.
Nós edificamos um programa de governo depois de ouvir o
povo em nossa caminhada, construímos um sonho juntos e alimentamos esse sonho
durante toda a extensão de uma campanha linda, diga-se de passagem, onde o povo
vibrava com uma sinceridade que vinha da alma: a juventude dança e gritava de
contentamento por entender o sentido exato de nossa mensagem, por compreender
que éramos nós(o nosso grupo)que tínhamos o projeto para melhorar a vida dos
filhos de nossa terra.
Quero agradecer humildemente a Deus, que iluminou o nosso
caminho nessa jornada. A minha gratidão aos meus filhos, meu vice, vereadores,
aos militantes de frente e a todas as famílias que me receberam de braços
abertos em suas casas com tanto carinho e amor.
Agradeço aos jovens pela energia positiva. As crianças
pela alegria. E finalmente a todos que foram em nossas reuniões, comícios e
eventos que realizamos. Agradeço as conversas, idéias, sugestões recebidas em
nossas andanças.
Foi através da Fé que enfrentei todos os obstáculos.
Tivemos muitas alegrias, valeu apena. Fiz de tudo de forma diferente. Tenho experiência
suficiente para encarar os desafios com dignidade. O trabalho é que nos
transforma. Agradeço o trabalho que realizei, pelas coisas que passaram pelas
minhas mãos que com elas pude construir.
Quando tudo parece difícil volto a ser criança sem medo de
responder aquela simples pergunta: “E Agora”?”Ai eu respondo: Eu acredito
sempre. A Deus pertence o presente, o hoje, o amanha, o passado e o futuro, o
que é e o que não foi possível.
Desejo ao povo da minha terra muita paz, saúde e prosperidade.
Tenho sonhos, muito s sonhos. Um deles é de voltar a ser Prefeita de Francisco
Santos. Se a fé move montanhas, o que são pequenas pedras no caminho?
Tudo depende de nós. Do fundo do meu coração
Muito obrigado, Francisco Santos.
Carleusa Santos.
Comento: Este panfleto foi divulgado três semanas após as eleições e só agora quase três semanas depois, resolvemos publicá-lo. Antes da postagem deste texto, refleti bastante sobre a conveniência da sua publicação ou não. Talvez estejamos sendo parciais, não sei. Mas o que quero passar mesmo para o nosso internauta é que temos a intenção de chamar para o debate e fazermos uma reflexão sobre o tema. Para isso é que abrimos os comentários e ficamos aguardando ansiosos pela participação de todos.
Volto a reiterar que este blog é feito pra vocês e por vocês.
Vamos debater?!!!!
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Comento: Este panfleto foi divulgado três semanas após as eleições e só agora quase três semanas depois, resolvemos publicá-lo. Antes da postagem deste texto, refleti bastante sobre a conveniência da sua publicação ou não. Talvez estejamos sendo parciais, não sei. Mas o que quero passar mesmo para o nosso internauta é que temos a intenção de chamar para o debate e fazermos uma reflexão sobre o tema. Para isso é que abrimos os comentários e ficamos aguardando ansiosos pela participação de todos.
Volto a reiterar que este blog é feito pra vocês e por vocês.
Vamos debater?!!!!
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terça-feira, 6 de novembro de 2012
Minha cidade é linda
Portal da Cidade
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domingo, 4 de novembro de 2012
Poesia & Cia
Minha Rosa
Autor: Irvaldo Lima(15/11/1988)
Se no cair de uma estrela cadente
viesse na frente a imagem sua,
até a lua ficaria triste
ao ver que existe dama igual na rua.
O sol se humilha diante de ti,
o Bem-te-vi sua voz aspira,
a rosa gira pra ter sua beleza,
e a natureza orgulhosa suspira.
Tu és potente, amorosa e bela,
na aquarela é mais forte sua côr,
és minha flôr, a menina querida,
és minha vida, és rainha do amor.
...E o arco-íris se faz tão modesto
no manifesto de cores formosas,
as amorosas soltam seus perfumes,
mas têm ciúmes de ti, minha Rosa.
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sexta-feira, 26 de outubro de 2012
Fazendeiro (Di)Versos&Estação do Estilo e Forma - Por João Bosco da Silva
JOÃO BOSCO
DA SILVA
FAZENDEIRO
(DI)VERSOS
(CRÔNICAS-POEMA)
TERESINA-PI
RESENHA DA RESENHA
Por: João Bosco da Silva
Artigo da revista VEJA, edição de 14
de julho de 1999, assinado por Carlos Graieb, sob o título “Tribos Invisíveis”,
inicia-se por afirmar que “interessar-se por poesia é como mexer num vespeiro”.
Como fala de vespeiro, e vespa é animal, ele divide esse vespeiro em famílias,
agrupando-as de acordo com as características de cada uma delas. Assim
é que existe a família dos neovan-
guardistas, a dos neomarginais,
a dos concretistas, a dos neoconservadores, dentre outras. E vivem, esses
grupos, a se digladiarem, sendo que as farpas mais agudas são terçadas entre
neovanguardistas e neoconservadores. Os neomarginais, por e xemplo, segundo Graieb,
são marcados “por um grande desejo de dessacralizar a
literatura, por um quase desprezo pela cultura erudita”, ao passo que os
neoconservadores pugnam por “um retorno às formas fixas, como o soneto,
ou aos versos metrificados...”
Sem querer entrar nesta briga, mas entendendo que os últimos não produzem
“versos reumáticos” ou que eles não são a “decadência da cultura ocidental”,
como acusam os neovanguardistas, e comungando com aqueles que dizem que a estes
“falta visão” e que “todos escrevem a mesma coisa, sem nada
significar”, e ainda que “eles (os poetas desse grupo) têm muitos recursos,
conseguem efeitos pirotécnicos, mas parece não ter nada a dizer sobre a vida e
a experiência (pois) falta-lhes ... o gesto ativo da criação” - diante de tudo
isto, acabei por fazer minha opção pelo grupo dos neoconservadores, por
entender que sua poesia é mais rica, mais elaborada e de feitura bem mais
difícil e com enormes possibilidades de permanência.
Acho inconcebível que alguém tenha coragem, em sua academia ou em seu
grêmio literário, ou mesmo na banca de cerveja, de levantar-se e declarar: “Vou
declamar um poema de um jovem poeta, muito promissor,
que acaba de ganhar, entre nós, concurso literário de poesia”. E sapeca os
versos de elevadíssima inspiração:
“No meio da reunião ele saiu pela
janela
do oitavo andar
prosseguiram
sem ele”
Ou:
“A forma da foda não deforma o feto”.
Ou, ainda:
“Segunda
a Sexta
Seg
o Sex”
Posso estar enganado, e muita gente aprecie este tipo de poesia e, inclusive, a
declame e recite, até como forma de dar força e unidade ao grupo. Mas
quero registrar que Manoel Paulo Nunes, a cuja acurada crítica e senso de
observação ninguém põe ressalva, já destacava, em artigo publicado há algum
tempo, que Cassiano Ricardo andava um tanto esquecido pelos leitores. Se a
poeira do tempo, em pouco mais de meio século, recobriu glórias e lauréis do
grande Cassiano, um dos monstros sagrados do modernismo poético de 22, há que
se indagar sobre quanto tempo resistirão os “poemas” acima
referidos.
Retornando ao
artigo de Graieb, afirma ele serem os neovan-guardistas o grupo “que melhor
define o ‘estilo de época’. Seu ideário é eclético, para dizer o mínimo. Eles
assumem legados do modernismo de 1922, como o coloquialismo, o poema-piada e o
poema-minuto”. A amostra acima ilustra muito bem as colocações do articulista.
Faltaram, aí, o poema-charada, o poema-axioma, o poema-sentença, dentre outros,
pois só falta alguém apresentar um livro de máximas ou de pensamentos
como de alta poesia. Não quero dizer, com isto, que poesia não exista em
pensamentos ou máximas, bem assim que não existam verdadeiros monumentos
poéticos na intitulada “poesia moderna”. Eles existem, e de muito boa feitura e
qualidade.
Longe de mim o sentimento da gratuita iconoclastia, mesmo porque conheço as
minhas limitações poéticas. Na poesia moderna, por exemplo, minha arte é parca,
se não nula. Não consigo produzir, como re- querem alguns, uma poesia cerebral,
de subentendidos, de sugestões, coloquial, sincopada ou hermética. Talvez o que
produzo nem seja inteligente, pois carece de altos vôos de pensamento ou
tiradas filosofais, como estas que acabo de realçar. Ademais, minha poesia é irritantemente
lógica, completa, acabada. “Analítica, certinha demais”, conforme disse-me um
crítico amigo. Não o nego, e reconheço que isto priva o leitor do prazer da
descoberta, tira-lhe o gostinho de, também, participar do momento de recriação
poética. Diante desta sincera e severa auto-crítica, não espere o
compassivo leitor encontrar neste FAZENDEIRO (DI)VERSOS estalos ou insights.
Por tudo isso, e também por achar que minha formação literária e pendor
artístico não combinam muito bem com algumas destas formas do moderno fazer
poético (estruturalismo, experimentalismo, coloquialismo, pirotecnia
verbofigurativa) optei por dar o nome de “CRÔNICAS-POEMA” a esta
tentativa de feitura estético-literária no gênero POESIA
MODERNA.
Que me perdoe o benevolente leitor, em primeiro lugar, por desdenhar de quem,
talvez, esteja praticando corretamente a arte da criação, e, em segundo, pela
pretensão de incluir-me na categoria de poeta. Talvez esta atitude nada mais
seja que apanágio daqueles que, por incapacidade de eles próprios fazerem, não
querem admitir que outros o façam, e muito bem. Posso afirmar, contudo, que não
critico por inveja, embora reconheça que algumas vezes, diante de uma
obra-prima, experimente certa “inveja res- peitosa”, passando, então, a admirar
seu mestre e criador. É mais ou menos aquilo que Milton Nascimento expressa em Certas Canções: “Certas canções que ouço
/ cabem tão dentro de mim / que perguntar carece / como não fui eu que fiz?”
Aqui, não é o caso.
Finalizando, quero dizer que, pelo menos em um ponto, concordo com Carlos
Graieb, quando diz: “No Brasil, como em outros países, basta uma
espiada mais atenta para constatar que os poetas formam um
ecossistema peculiar, com suas regras e manias. Como no caso das vespas,
trata-se de uma sociedade industriosa e agitada. Eles escrevem, publicam - e
até brigam” - afirma o colunista, em sua chamada logo abaixo do título do
artigo aqui referido.
Vivam, pois, os
poetas-vespa!
ESTAÇÃO 22
(Tentativa de crítica à crítica do autor do artigo)
Às vezes,
até por falta do que fazer,
pega-se o poeta a “poetar” de brincadeira.
E vai largando assim...
dadaisticamente...
uma palavra aqui,
uma palavra ali,
ora arrumando uma outra no final da pauta,
outra mais no começo,
ou vice-versa,
em exercício de experimentação concretista,
estruturalista,
surrealista,
figurativa
et cétera e tal...
Em redação circular,
ou interpolada
ou interceptada,
ou interpenetrada,
ou desconectada
- vai monologando,
ou circunloquiando em torno de um tema,
ou de temas diversos,
com ou sem transição de assuntos,
deixando em suspenso o sentido de uma frase,
ou fabricando lacunas,
ou fazendo jogo com pedaços de sílabas,
criando ou reinventando palavras,
ou produzindo subentendidos
na síncope das orações soltas,
ou nas reticências...
E o leitor?
Que se dane o leitor no esforço cerebral
de arranjar sentido para o alinhavo tortuoso,
ilógico e sem nexo
em que navegam a aparente incoerência e a inestética
da recriação do artista do verso.
Teresina-PI., 27.08.99
Homenagem àquele que tão bem
soube fazer o que de modo algum jamais eu faria:
p o e
s i a !
“Vida
toda linguagem -
como todos sabemos
conjugar esses verbos, nomear
esses nomes:
amar, fazer, destruir,
homem, mulher e besta, diabo e anjo,
e deus talvez, e nada.
“Vida toda linguagem,
vida sempre perfeita,
imperfeitos somente os vocábulos mortos
com que um homem jovem, nos terraços do
(inverno contra a chuva,
tenta fazê-la eterna - como se lhe faltasse
outra, imortal sintaxe
à vida que é perfeita
língua
eterna.”
Belo poema de Mário Faustino (Vida toda linguagem)
G E N É
R I C O S
O GRANDE EDIFÍCIO INACABADO
v
e
m . . .
. . . das trevas absconsas do albor dos tempos
sempre aumentando
crescendo
agigantando-se
tijolo a tijolo
desde o alicerce sem autoria
até à construção maravilhosamente inacabada
espiral sempre aberta
sem croquis
ou plantas previamente aprovadas
mas babel harmoniosa
em que tudo se i n t e r l a ç a
e e n t r e l a ça
i n t e r p o l a
e e x t r a p o l a
a s c e n d e
e t r a n s c e n d e
e n g l o b a
e c o n g l o b a
no somatório geral de
conhecimentos
e experimentos
o grande edifício
inacabado
aberto e renovado
da Cultura dos Povos...
Hóstia Biônica
Diante do “monstro
sagrado”,
o operador eficiente digita informações
para relatórios ao todo-poderoso chefão,
chefes
e chefetes:
- Não sobrevivem sem eles.
Apertam-se botões,
clicam-se sobre mágicos
sinais...
- e o resultado instantâneo no painel luminoso!
Fantástico!
... Subirá a cotação das ações da
Orwel Corporation.
... A BV de Londres fechará em baixa;
a de New York, em alta.
... Prenúncio de crise na CIA.
... Tendência de golpe de Estado no Chile.
Estas são informações obtidas
a partir da análise de alguns poucos dados.
Fantástico!
Na civilização do consumo,
na era do plástico,
do estético
(do não-ético),
o patético contraste.
Na era da cibernética,
“O homem toma a hóstia biônica
na certeza de que ali está o Novo Cristo
redivivo nele próprio”. *
A psico-história o aponta,
com antecipação de milênios,
como o SEMIDEUS terreno
a tornar-se o futuro Deus Galáctico.
Fantástico!
Criou fórmulas complicadas,
libertando-se da, para se prender à máquina
- escravo submisso ao Novo Deus de Aço Eletrônico.
Cibernética!
Biônica!
Eletrônica!
- Façam-se Tronos para os Novos Deuses!
Faz tudo muito bem feito
- e rápido! -
a eletrônica:
- calcula milionésimos,
reduz a mícrons a matéria;
mensura até a consciência do homem,
bastando que se lhe forneçam alguns dados
da personalidade!
Fantástico!
Só lhe falta mesmo fazer amor.
( - Será?
- O amor já não se faz como antigamente...
- Quem sabe, programando... ?)
Fantástico!
Viva o Senhor Computador!
Pena haver faltado no seu equipo
neuro-físico-eletrônico,
um chipzinho de nada:
- o chip que seria,
na réplica da sociedade dos homens,
o ministro
para os negócios dos ¾ da humanidade faminta!
F a n t á s t i c o !
Ah!
houvesse esse pequeno chip
em sua memória fantástica,
quem sabe haveria
muito mais chá na hora do pão leve dos homens!
* Texto de Sebastião Nery
_______________________________________________
(Por ocasião do aniversário de 2.500 anos da Pérsia, ao tempo do Xá Reza
Pahlevi, em que foi servido um banquete para exatos
2.500 convidados.)
OS NOVOS CRUSOÉ
“Meu filho!
Meu filho!
Não precisa atravessar a galáxia;
pode brincar mesmo no sistema...”
Charge de Ponte Preta, há alguns anos,
com sabor sátiro-anedótico
e uns longes de incredulidade nos incríveis
eventos de então.
Hoje,
os novos Crusoé
preferem o silêncio abismal das ilhas estelares!
Em menos de 100 anos,
Júlio Verne ficou na saudade!
Oxalá!
dentro em breve não estejam nossas mulheres
trogloditas
servindo de cobaias
a “inteligências” extraterrestres... !
E S P E C T R O
Quem é aquela criatura sem rosto,
perdida na multidão?
Aquele que caminha sem destino,
bamboleante,
sem coração,
sem alma?
E parece perseguir uma sombra,
e tropeça na própria sombra?
E vai e volta,
se vira e procura,
mas nada encontra - nem chega?
Partiu em busca de um sonho,
mas não partiu nem ficou:
- perdeu-se na neve,
confundiu-se na bruma,
tropeçou na sombra de sua sombra
e encontrou-se abraçado ao nada!
Aquele que fura o espaço,
e se liberta da escravidão da força atrativa,
e quebra a lei da gravidade,
e conquista o Satélite,
e - maravilhado! -
descobre que a Terra é azul,
e invade o sistema,
e perfura a galáxia,
e faz troça do Deus infinito:
aquele é o homem!
O Bicho-homem,
que ainda não se conquistou a si mesmo,
mas poderia possuir o infinito
com a força cósmica do amor!
JOÃO
BOSCO DA SILVA
ESTAÇÃO
DO ESTILO E FORMA
(SONETOS)
TERESINA-PI
HOMENAGEM
FEITA DE PEDAÇOS
Querida, ao pé do
leito derradeiro,
em
que descansas desta longa vida,
aqui
venho e virei, pobre querida,
trazer-te
o coração de companheiro.
(Machado de Assis)
Se lá no assento etéreo, onde subiste,
memória
desta vida se consente,
não
te esqueças daquele amor ardente,
que
já nos olhos meus tão puro viste.
(Camões)
E assim, quando mais tarde me procure
quem
sabe a morte, angústia de quem vive,
quem
sabe a solidão, fim de quem ama,
Eu possa me dizer do amor (que tive):
que
não seja imortal, posto que é chama,
mas
que seja infinito enquanto dure.
(Vinícius de Moraes)
A
B E R T U R A
ESTAÇÃO DO ESTILO E FORMA
Como
em toda e qualquer londrina gare,
de
horários certos e precisos trens,
também
nessa Estação do Estilo e Forma
há
regras certas para se chegar.
Igualzinho
aos bem-postos silogismos,
que,
em premissas maiores e menores,
levam
a inevitáveis conclusões,
também
se exige, aqui, final feliz!
Por
tais e tantas, já nessa Estação,
por
lhes faltarem engenho, arte e compasso,
hoje,
poucas pessoas desembarcam.
Com
métrica e com rimas, amarrado
a
duas quadras e mais dois tercetos...
Camões?
Por que inventei fazer sonetos?
Teresina-PI;
26.06.97
AOS
ASES DO DOLCE STIL NUOVO
Da Língua Portuguesa, artífice
acabado,
com o domínio total das formas da
poesia,
Camões fez o soneto, gênero amarrado,
fluir como regato em doce melodia...
Mestres lusos também o foram o
renegado
Bocage, que, ao depois, em crente
tornaria;
e o não menos ilustre Antero, o
inconformado
da Questão Coimbrã e da Democracia!
E em que pé colocar Correia, Alberto,
Olavo,
que da mesma colméia foram mel e favo
- trilogia melhor de
perfeccionistas?!!!
Última
Flor do Lácio, inculta...
- és culta e bela!
Como não aplaudir aquela enorme, aquela
plêiade brasileira de hábeis
sonetistas?!!!
Teresina-PI., 15.01.91
CHAVE DE OURO
Primeiro,
busco a idéia para, então
-
rútila como o raio que esquadrinha
o
chuvoso horizonte em toda a linha –
o
processo ensaiar da criação.
Começo
a rabiscar, cortar... Se não
acho
a palavra certa, bem certinha,
tão
certa quanto a espada na bainha,
frases
inteiras tornam-se borrão.
Vou
garimpando, assim, na mina escura,
a
ganga das palavras na bateia,
buscando
achar-lhes forma e formosura.
E
ao burilar do último terceto,
escoimados
o erro e a verborréia,
passo
a chave de ouro em meu soneto.
Teresina-PI;
12.01.91
TEMÁTICA GERAL
PÔR-DE-SOL
(A Raimundo Correia)
O sol desfaz-se em ouro nas ramadas,
a tarde morre em leves tons,
e traz saudade e dor
e nostalgia!
Ouve-se então, ao longe, nas
quebradas,
da ave-maria os doces sons...
Um lívido palor
já se irradia...
Hora em que as aves voltam aos
ninhos...
Até a natureza,
morrer parece...
E a caminhar pelos caminhos
d’alma, a tristeza.
A noite desce...
Teresina-PI., out/64
AS FLORES
Têm
uma enigmática linguagem,
também
misterioso crescimento,
vivem
libertas na camaradagem,
virgens
dos bosques se embalando ao vento!
Têm
uma vida breve, de um momento:
dir-se-ia
uma efêmera passagem.
Simbolizando
qualquer sentimento,
representam
a mais perfeita imagem.
Ornamento
ideal pra qualquer fim,
elas
vicejam, lindas, no jardim,
e
a sua distinção é merecida.
Tal
como diz Bilac em seu poema,
elas
encerram divinal emblema,
ornando
a morte e ao mesmo tempo a vida.
Teresina-PI;
27.02.68
COISAS DO CAMPO
Olhai, olhai aquele passarinho,
em adejos alegres lá no galho...
Agora vai sorver com seu biquinho
o néctar matinal do fresco orvalho...
Olhai, olhai, que belo aquele ninho,
feito (talvez em meu pensar não
falho)
por esse joão-de-barro pequenino,
com persistente e árduo trabalho!...
Olhai, olhai do campo as belas cousas:
o bosque verdejante, as mariposas
e o pastio dos bois e das ovelhas...
Olhai, olhai aquela linda flor,
que fornece o dulcíssimo licor,
matéria-prima do mel das abelhas...
Teresina-PI., 28.02.69
PRECE DE LAVRADOR
De repente, uma tarde, o sertanejo
nota
que o tempo está mudado: faz muito
calor.
Circunvaga o olhar, então, ao
derredor,
e vislumbra no céu uma nuvem remota.
E, logo alvoroçado, o pobre lavrador,
Fervoroso ao bom Deus uma prece
devota,
e enquanto que o suor a sua fronte
embota,
vai prosseguindo firme em seu rijo
labor.
Traça em seguida os planos para a
plantação,
e vê-se mentalmente na execução
da próxima tarefa, com bastante zelo.
Mas a longínqua nuvem passa branca e
alta,
não lhe trazendo a chuva que faz
tanta falta...
E ele espreita o horizonte em novo e
mudo apelo.
Teresina-PI., 20.02.69
RETIRANTES
(Ao Povo Nordestino)
Pelas estradas tórridas avança
a multidão faminta e fatigada,
levando apenas pálida esperança
e a saudade da gleba esturricada.
Ontem, a terra: esteio e segurança;
hoje, a seca: poeira... e
pedra... e nada!
E assim, faltando a básica sustança,
vão as famílias pondo o pé na
estrada.
Espectros que caminham sem destino,
esquecidos da cor, da idade e sexo,
buscando alívio para o desatino.
Retirantes em êxodo. Vão juntos,
agora unidos pelo mesmo nexo,
os caminhos juncando de defuntos.
Teresina-PI., 09.10.69
Inspirado no capítulo “Os Salvados”
de A Bagaceira.
A CHUVA
O
firmamento azul é, de repente,
por
grossas nuvens túrgidas tomado,
e
os horizontes, paulatinamente,
revestem-se
de negro cortinado.
Brincam
nos ares eletrificados,
corcéis
de fogo em forma de serpente,
enquanto
estrugem os trovões, rolados,
enchendo
de terror a muita gente.
Ato
contínuo, em meio a tais sinistros,
das
torneiras São Pedro abre os registros,
e
a chuva cai, trazendo promissão.
A
Terra, sequiosa e agradecida,
a
bebe toda... E farta verde vida
em
breve eclodirá pelo sertão.
Lagoa
Bonita-Poção de Pedras-MA; 16.04.69
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