domingo, 23 de junho de 2013

Música no Blog - BELCHIOR

          


          O amante da boa música, certamente curtirá um dos maiores nomes da MPB de todos os tempos: Antonio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes, ou simplesmente, BELCHIOR. Eu, particularmente curto todas, ou quase todas as músicas deste fantástico artista. Autor de grandes canções, interpretadas pelos maiores artistas brasileiros, como Elis Regina, Roberto Carlos, Fagner. Sendo ele próprio, na minha modesta opinião, um dos grandes intérpretes de suas obras. 
          Compôs e gravou um repertório amplo de grandes sucessos: A Palo Seco, Mucuripe, Paralelas, Medo de Avião, Apenas um Rapaz Americano, Coração Selvagem, Como Nossos Pais, Divina Comedia Humana, Não Leve Flores, Comentário a Respeito de John, Todo Sujo de Batom, Brasileiramente Linda, Tudo Outra Vez.
          A música Não Leve Flores, talvez não seja a melhor do seu repertório, mas é uma das mais marcantes em minha vida. Uma bonita letra e uma melodia envolvente. 
          

Não leve flores

Não cante vitória muito cedo, não.
Nem leve flores para a cova do inimigo,
que as lágrimas do jovem
são fortes como um segredo:
podem fazer renascer um mal antigo.

Tudo poderia ter mudado, sim,
pelo trabalho que fizemos – tu e eu.
Mas o dinheiro é cruel
e um vento forte levou os amigos
para longe das conversas,
dos cafés e dos abrigos,
e nossa esperança de jovens
não aconteceu, não, não.

Palavra e som
são meus caminhos pra ser livre,
e eu sigo, sim.
Faço o destino
com o suor de minha mão.
Bebi, conversei com os amigos
ao redor de minha mesa
e não deixei meu cigarro
se apagar pela tristeza.
- Sempre é dia de ironia no meu coração.

Tenho falado à minha garota:
- Meu bem, é difícil saber o que acontecerá.
Mas eu agradeço ao tempo.
o inimigo eu já conheço.
Sei seu nome, sei seu rosto,
residência e endereço.
A voz resiste.
A fala insiste: você me ouvirá.
A voz resiste.
A fala insiste: quem viver verá.

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terça-feira, 18 de junho de 2013

O centro do debate.




          As manifestações ocorridas em São Paulo nas últimas duas semanas permitem algumas reflexões. Que o transporte coletivo é ruim e caro, para os padrões do serviço oferecido, ninguém discorda. Mas não é esta a questão que está no centro do debate.

          O que se discute é como combinar a defesa do estado democrático de direito, a liberdade de manifestação e o direito de ir e vir. O que está ocorrendo em São Paulo não tem qualquer relação com as manifestações de Brasília ou do Rio de Janeiro. Nestas cidades, o centro das reivindicações são os gastos abusivos da Copa do Mundo e o abandono daquilo que afeta o cotidiano da população: saúde, educação, etc.

          É como em 1968: enquanto no Rio a passeata dos cem mil defendia a democracia, em São Paulo, no mesmo dia, teve o atentado terrorista contra o II Exército.
Na busca de paralelos onde eles não existem, já foi possível ler e ouvir relações entre as manifestações de São Paulo com o que aconteceu nos países árabes, na Turquia, ou até com 1968.

          Os mais exaltados apontaram que nada mais é que o mal-estar da civilização com a globalização e que o capitalismo vive uma crise terminal (como profetizado desde o século XIX...). Os jovens seriam emissários desta nova ordem pós (sempre tem de ter um “pós”) globalização, uma continuidade do falecido movimento Ocuppy Wall Street. Lembram-se que, em 2011, diziam que o movimento iria se espalhar pelo mundo inteiro? O que aconteceu semanas depois? Nada.

          A tentativa de relacionar com momentos da nossa História onde inexistiam — como agora — um regime de amplas liberdades é patética. Neste ritmo, logo veremos algum estudante de 68 gritando — 45 anos depois, já idoso — pelas ruas de São Paulo: “a luta continua.” Qual luta?

          A organização efetiva dos atos não é de um movimento autônomo, apartidário, de jovens insatisfeitos com a política e desejosos de encontrar alguma forma de participação. Nada disso.
Quem efetivamente dá as ordens são pequenos grupos ultraesquerdistas. E o fazem para dar alguma satisfação aos seus exíguos militantes. Estão há anos discutindo e escrevendo sobre a crise do capitalismo. Falam e não encontram adesão na sociedade. Continuaram só falando. E foram perdendo o ralo apoio que tinham.

          Sem crise econômica e um desemprego monstruoso, como em vários países europeus, restou a estes grupos encontrar algum móvel de luta, para que não desaparecessem.
O aumento das passagens de ônibus — abaixo da inflação, registre-se — caiu do céu. Foi o meio que as lideranças obtiveram para ter a legitimação das bases cansadas de ouvir discursos revolucionários sem uma efetiva ação.

          O ataque aos bens públicos e privados, a tentativa de linchamento de um policial militar na Praça da Sé, atos que não têm qualquer relação com o aumento das passagens, são vistos como ação revolucionária, de resistência ao capitalismo e ao seu poder opressor, a polícia.
O vandalismo é o alimento destes grupelhos que agem de forma violenta, desprezando os valores democráticos e os direitos constitucionais. Sonham com um Brasil nos moldes de Cuba, Coreia do Norte. Não entendem que a liberdade de manifestação não se sobrepõe ao direito de ir e vir. E este é o desafio da democracia: garantir ambos os direitos. E agir com energia — dentro dos limites legais — quando qualquer um deles estiver sendo violado.

          Nestes momentos de tensão — inerentes ao regime democrático — é que são testadas as autoridades. O governador de São Paulo não se omitiu. Presumo que saiba que tem um custo político a defesa da lei e da ordem democráticas em um país que valoriza e estimula tudo o que é ilegal.
Temos uma propensão à marginalidade. No caso das manifestações há os que justificam o vandalismo como uma forma de protesto, de insatisfação, de jovens que são incompreendidos pelo que chamam de sistema. E a ação do estado democrático de direito é demonizada.
Como é possível conter a destruição de ônibus, lojas, bancas de jornais, bares, liberar ruas e avenidas, sem o uso da força? E os abusos cometidos pela ação policial deverão ser investigados e devidamente punidos.

          É evidente a tentativa do governo federal de obter algum dividendo político das manifestações. As declarações dos ministros José Eduardo Cardozo e Ideli Salvatti visam a desgastar politicamente o governador Geraldo Alckmin. Os mandriões atacaram quem simplesmente fez cumprir a Constituição.
A pergunta é: quem vai ganhar, politicamente falando? Ou será que todos — os partidos constituídos — vão perder?

          Não faltam praças para mostrar indignação contra tudo e todos. Por que não aproveitam e pedem a prisão dos mensaleiros, a começar pela do sentenciado José Dirceu? Mas não é esse o objetivo dos manifestantes em São Paulo, volto a dizer, diferentemente do Rio ou de Brasília.
Grande parte dos manifestantes — especialmente a liderança que se pronuncia pela imprensa — é da classe média. Da classe média mesmo, não daquela inventada pelo petismo, a tal “classe C.” Nas imagens não encontrei trabalhadores, pobres, negros.

          Não vi também, protegendo os próprios municipais, a Guarda Civil Metropolitana. Foram omissos, como o prefeito Fernando Haddad — e o aumento das passagens de ônibus é da esfera da prefeitura. E a Câmara de Vereadores? Mutismo total. Os 55 vereadores servem para quê?
Pode ser que a luz contra o marasmo venha do Rio ou de Brasília.

Marco Antonio Villa é historiador.

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"No pé de quem?"


                          Dora Kramer - Publicado no Estadão desta Terça-Feira



          O ministro Gilberto Carvalho parece que estava adivinhando. Em meados de dezembro, há exatos seis meses, o secretário-geral da Presidência da República gravou em vídeo uma saudação de fim de ano ao PT convocando a militância a ir às ruas “assim que passarem as festas”.
          Aconselhava os companheiros a “descansarem bem agora” porque “em 2013 o bicho vai pegar”. Demorou um pouquinho, mas não deu outra: o bicho pegou.
          Em configuração diferente daquela pretendida pelo ministro na convocatória de dezembro. Lá a ideia era “a gente ir para as ruas” em defesa do governo federal, contra os “ataques sem limites ao nosso querido presidente Lula”.
          Na concepção do ministro, em protesto a “eles”. Quem? “Os mafiosos midiáticos da oposição ao Brasil”, cujo objetivo único na versão natalina de Carvalho seria a destruição “do nosso projeto, do nosso governo, do nosso PT”.
          Note-se a expressão “da oposição ao Brasil”. Refere-se a qualquer grupo, cidadão ou instituição que critique ou discorde do governo tornando-se, por isso, automaticamente inimigo do País.
          O ministro atirou na imagem construída por devaneios persecutórios costumeiramente usados como armas de ataque disfarçadas em instrumentos de defesa, mas acertou em sentimentos distantes do alcance da vista.
          Há exaustão, há revolta, há contrariedade. Mas não há por parte dos exaustos, dos revoltados, dos contrariados adesão a partido algum. Não que os manifestantes ou parte deles não tenham suas preferências, mas elas não se expressam na explosão da chama acesa pelo aumento das passagens de ônibus.
          À exceção de grupos alojados em pequenas legendas cuja expressão é nenhuma, não há até agora a digital de partidos por trás dos protestos que pegaram o Brasil de surpresa.
          De um modo geral os políticos têm evitado falar. Estão tentando entender o que se passa, antes de se pronunciar. Os poucos que o fizeram ou falaram bobagem ao repetir os velhos bordões sobre “orquestração” de adversários ou passaram ao largo da questão central: a discrepância entre a agenda do mundo política e as demandas de uma sociedade maltratada pelo Estado.
          Seja ele representado por governantes do PT, PSDB, PMDB ou qualquer partido. Estão evidentemente à margem dessa mobilização popular. Além de não terem o menor interesse em transferir o jogo da política de espaços conhecidos (gabinetes, Congresso e tribunais) para o terreno desconhecido das ruas, são todos eles alvos da insatisfação.
          Nessa altura quem aparecer para tentar capitalizar eleitoralmente a comoção provavelmente será repudiado. O levante também é motivado pelo descrédito na política. A desqualificação do Congresso, a preocupação exclusiva dos partidos com a disputa de votos, a discussão concentrada em eleição distante enquanto as condições objetivas da vida vão piorando dia a dia, não faz dos políticos aliados confiáveis.
          Os “mafiosos midiáticos da oposição ao Brasil”, referidos pelo ministro Gilberto Carvalho para (des) qualificar os críticos, como se vê não são mafiosos, não são midiáticos, não são inimigos do País. Ao contrário, estão chamando atenção para a indiferença do poder público, independentemente do matiz partidário.
          O bicho realmente está pegando. Resta saber, porém, no pé de quem exatamente. Em outras palavras: é de se conferir para onde caminhará essa insatisfação quando chegar a hora de a manifestação se expressar nas urnas.
          No momento a única certeza é a de que não se direciona em favor de força político-partidária alguma. De um lado é bom porque não permite que nossos representantes enfrentem a questão debitando o custo na conta do vizinho. De outro há o risco de se deixar prosperar a semente para a pregação do voto nulo, ferindo gravemente a representação.
         

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quarta-feira, 5 de junho de 2013

Porteira aberta



          BRASÍLIA — Com as galerias repletas de manifestantes que, de pé, aplaudiram os deputados, a Câmara aprovou nesta terça-feira, por 319 votos a favor e 32 contra, além de duas abstenções, projeto de lei complementar que reabre a possibilidade de criação de novos municípios via assembleias legislativas dos estados. Sete destaques para modificar o texto ainda foram apreciados. A farra de criação de novos municípios foi interrompida em 1996, quando emenda constitucional aprovada exigiu a aprovação de lei federal traçando os novos critérios para a criação, incorporação e desmembramentos de cidades a serem seguidos pelas Assembleias estaduais. O texto original já tinha sido aprovado no Senado, mas como foi modificado pela Câmara, retorna àquela Casa para nova votação.

          Levantamento feito pelo GLOBO nas Assembleias dos 26 estados da federação revelou que, se a porteira for novamente aberta, o país poderá ganhar até 410 novos municípios, elevando para quase 6 mil o número de cidades brasileiras — hoje já são 5.578 municípios. A criação de novos municípios implica em aumento de gastos para custear as estruturas de Executivo e Legislativo da nova cidade, além de novos representantes a serem eleitos, os servidores públicos que irão dar suporte.

          O texto base, negociado pelo governo federal com os parlamentares, foi aprovado por volta de 21h30m. Seis dos sete destaques que tentavam modificar o texto, tornando as regras mais flexíveis, foram derrotados e apenas um aprovado, contra a vontade do governo. Foi retirada do texto o impedimento de desmembrar municípios que tenham áreas pertencentes à União, suas autarquias e fundações. O líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), fez o apelo para que o texto acordado fosse mantido.

          - Vamos manter o texto, foi fruto de acordo. Se modificarmos, o texto irá ao Senado, mas não se sabe quando será votado - ameaçou Chinaglia, ao perceber que partidos da base aliada estavam apoiando a emenda apresentada pelos tucanos.

          O apelo de Chinaglia não surtiu efeito. Dividida, a base aliada permitiu a aprovação da emenda. Os deputados que defenderam a modificação argumentaram que o texto inviabilizaria a emancipação em vários estados, como o Pará, onde existem muitas terras da União. Mesmo se houver o desmembramento, argumentaram técnicos da Câmara, a terra continuará sendo da União.

          O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) fez questão de comandar a votação. Vários deputados subiam à tribuna para falar a favor do projeto, dizer que estavam votando "para o bem do Brasil" e receber os aplausos dos manifestantes. Todos os partidos, com exceção do PSOL, encaminharam orientações a favor do projeto. O governo federal negociou o projeto e apoiou sua aprovação.

          — Abre-se a possibilidade de ocorrer o “boom” de criação de novos municípios, como o que aconteceu entre 1991 e 1996, quando foram criados mais de mil novos municípios. Esse projeto é resultado da pressão de pré-candidatos a vereadores e prefeitos — criticou o líder do PSOL, Ivan Valente (SP).

          — Só quem critica é quem não mora nos municípios. Isso vai garantir saúde, educação para os distritos que sofrem. Vamos votar e vamos emancipar — reagiu o deputado João Ananias (PCdoB-CE).

          
          Normas mais rígidas e plebiscitos

          O projeto aprovado estabelece normas mais rígidas das válidas antes de 1996, exigindo a realização de um Estudo de Viabilidade Municipal e a realização de plebiscitos envolvendo não só a população a ser emancipada, como a da chamada cidade-mãe que irá perder parte de seu território. O plebiscito será feito preferencialmente junto com as eleições gerais, para redução de gastos.

          Entre as regras está a exigência de um número mínimo de habitantes, que irá variar de acordo com a região, além de condições econômicas que permitam a consolidação e desenvolvimento dos municípios. De acordo com o projeto, será considerada a média aritmética da população dos municípios médios brasileiros, que, de acordo com os deputados hoje é de 12 mil habitantes. No caso do Norte e Centro-Oeste, o novo município terá que ter população equivalente a pelo menos 50% desta média (pelo menos 6 mil habitantes); no Nordeste, 70% da média nacional e no Sul e Sudeste, 100% desta média.

          O projeto diz que o estudo de viabilidade municipal só será levado adiante se o mínimo populacional for cumprido, junto com o apoio de 20% dos eleitores da área a ser emancipada. O pedido é encaminhado à Assembleia para a realização do estudo de viabilidade econômico-financeira; político-administrativa e sócio-ambiental e urbana. No caso da viabilidade econômica, o projeto exige a comprovação de o novo município ter receitas de arrecadação própria, capacidade de se manter e cumprir a aplicação dos percentuais mínimos em educação e saúde. O texto diz que os estudos serão feitos, preferencialmente, por instituições públicas de comprovada capacidade técnica e serão concluídos, em prazo máximo de 180 dias após sua contratação.

          A proposta original foi apresentada pelo senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) e aprovada, em 2008, pelo Senado. Desde então, tramita na Câmara. O texto aprovado foi negociado com líderes de vários partidos e pelo governo federal. O deputado José Augusto Maia (PTB-PE) negociou o substitutivo com o governo. Segundo ele, a proposta é rigorosa, mas permitirá a correção de problemas vividos por alguns distritos que estão muito distantes do município a que está vinculado. Maia afirmou que no Pará existem distritos que ficam mais de mil quilômetros distantes da cidade sede.

          — Este projeto acaba com a farra da criação. São regras rígidas, só os que tiverem viabilidade econômica e população mínima poderão ser emancipados. Em Pernambuco entre cinco ou seis atendem às novas exigências. Existem 410 pedidos nas assembleias, mas acredito que só 150 atenderão às exigências — afirmou Augusto Maia, acrescentando: — Os gastos serão cobertos pela arrecadação de impostos municipais na nova área. A emancipação permite o desenvolvimento do município.

Isabel Braga(O GLOBO)

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domingo, 2 de junho de 2013

Imagens da Semana

          
                                                       Vítor, um lance para ser eternizado.
          A Taça Libertadores da América é o sonho de consumo de todos os grandes clubes do futebol brasileiro, afinal ela é a grande vitrine para mostrar ao mundo o nosso futebol. E o Atlético Mineiro deu um grande passo ao avançar para a próxima fase do torneio, tornando-se assim o único time brasileiro a participar das semifinais da Libertadores deste ano. Mas, se não fosse a intervenção salvadora do goleiro Vítor aos 46 minutos do segundo do tempo, ao defender uma penalidade máxima com a ponta do pé esquerdo o galo estaria como os demais times brasileiros eliminado da competição.

          Como no futebol valoriza-se muito quem faz o gol, Vítor conseguiu um feito que vale certamente por muitos gols feitos de canela, na banheiro, de penalti. Este é um dos lances que vibrei, pela beleza plástica, pela competencia do goleiro Vítor e que merece uma placa, placa não, uma estátua.
                         
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                                                       Cícero, um preparo físico invejável.
          Quero também render uma homenagem a Cícero Bandeira, um atleta que tem participado de inúmeras competições na microrregião e nas cidades circunvizinhas, desde Monsenhor Hipólito, Bocaina, Picos, Parambu-CE. Cícero com toda a sua história no atletismo foi desafiado por Branco de Zé de Néo para uma corrida de 14 quilometros, até aí tudo normal, se o desafiante fosse um outro atleta. Mas não, Branco é um grande promotor de eventos, sem nenhum preparo, é franzino e sem a menor estrutura para um desafio de tamanha envergadura.
          A cidade foi mobilizada durante as duas últimas semanas, tudo girou em torno deste desafio. Foram feitas muitas apostas e a população lotou as margens da rodovia que liga a sede do municipio ao Povoado Boa Viagem.
          Branco tem um grande mérito, ter viabilizado o evento com a maior participação popular da história de Francisco Santos.

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